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domingo, 3 de fevereiro de 2008

Achados e perdidos


Quarto fechado. Paredes brancas. Um pequeno detalhe no meio daquele quadrado friu e escuro: uma mulher, que ao chorar tentava se amigar com a solidão. Em seu colo, uma pequena caixa, onde guardava grandes lembranças. Fotos, rostos colados. Letras de músicas. Pequenos pedaços de papel envolvidos num envelope, cheio de humildes corações de lápis de cor. Era noite.
Amanhece, e aquela pobre mulher levanta-se. Guarda a caixa em baixo da cama. Seca as lagrimas que correram a noite inteira. Era mais um dia. Mais um sorriso atuado. Ela abre a janela, e não percebe o grande sol que hávia na sua frente. Eram mais um dia.
Abre o guarda roupa e pega qualquer coisa para se agasalhar. Toma o café, e sai porta a fora. Põe as mãos no bolso da sua calça velha que havia botado pela manhã e tira um papel amaçado, com letras em preto e branco. Olha para aquele pequeno papel, determinada, como não se sentia a muito tempo. Olha o endereço do papel, e sai a procurar. Temia. Mas continuava a procurar.
Havia um grande letreiro na frente. Era uma grande casa. A pobre mulher olhou para o letreiro, olhou para o chão, chorou. Abriu as grandes portas de vidro, entrou. O lugar fedia a hospital. Logo um homem grande foi a atender, com um grande charuto na sua mão. - Bom-dia, Bem-vida ao achados e perdidos, posso ajuda-la? - Falou o homem, agora faceiro.
Ela olhou pra ele. Pensou. - Sim... Quero deixar algumas lembranças minhas aqui, talvez alguem as queira. - Falou a mulher, triste. Agora toda aqula determinação que sentia a pouco tempo atrás, fugiu com o seu pobre sorriso atuado.
Ela olhou ao redor. O ambiente era limpo, mas a pessoa que estava na sua frente era mediucre.
- Suas lembranças são valiosas. lembra-te que se eu comprar, irá perder também as lembranças boas. Mas bem, deixa isso para lá, vou pegar o dinheiro, só um momento. - Disse o homem.
Ela estava perdida. Olhou mais uma vez o pequeno papel amaçado. Olhou mais uma vez ao seu redor. Olhou para grande porta. A determinação havia voltado. Correu em direção a sua casa, sem hesitar. Sorria ao lembrar os bons momentos.

4 comentários:

Mafê Probst disse...

Jogue essa caixa fora e compre outra. Comece a guardar novas boas recordações. Recordações possíveis de serem vividas novamentes.

E um conselho: não tente ser amiga da solidão. A gente se acostuma fácil demais com a companhia dela.
A solidão é uma amiga ciumenta e egoísta. Não gosta de dividir atenção muito menos de dividir amigo.

Maria disse...

Amei seu blog!

Já está nos favoritos...

bem, o meu mudei o endereço, acho que dessa vez permanece. hehe

Beijos linda :D

Luciana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luciana disse...

o problema em desfazer-nos de nossas lembranças é justamente correr o risco de não mais lembrar. Boas ou más elas formam o que nós somos.